Comissão Europeia encoraja o consumo de insectos

O aumento exponencial do preço dos cereais (70% num ano) é apenas um dos vários sintomas da escassez alimentar cada vez mais visível em todo o mundo. Já utilizado em vários países asiáticos e sul americanos, o consumo de insectos é agora proposto pela Comissão Europeia através de um concurso que irá premiar o melhor projecto que vise introduzir nos hábitos alimentares europeus aquele 'petisco'.
A Universidade de Wageningen está na corrida para o prémio de três milhões de euros, investigando a qualidade, segurança, possíveis alergias e que tipo de proteínas poderão os insectos oferecer-nos. Segundo o professor Marcel Dicke, a partir de 2020 já estaremos a comprar insectos nos supermercados europeus, numa fase inicial sob a forma de molhos e hamburgueres. 
As fontes tradicionais de proteína começam a não ser suficientes para alimentar toda a população mundial. Torna-se cada vez mais urgente que se encontrem alternativas igualmente mais ecológicas. Segundo um estudo, os gafanhotos fornecem 20% de proteína contra apenas 6% de gordura. Já o tradicional bife, supera em termos de proteínas (24%) mas apresenta uns nefastos 18% de gorduras indesejáveis. Além de nutritivo, o grilo parece ser igualmente delicioso, pelo menos a julgar por aquilo que Angelina Jolie recentemente referiu. Os seus filhos comem grilos como se fossem Doritos.
Do ponto de vista ambiental, os insectos emitem muito menos gases de efeito de estufa que o gado.
Até agora estão já catalogadas 1462 espécies de insectos como sendo comestíveis.