Porquê comprar ouro

Numa óptica de longo prazo, o ouro tem provado nos últimos 200 anos ser um investimento seguro. Mas foi nestes últimos onze anos que se verificou uma forte procura do metal amarelo, acompanhada naturalmente pela subida mais acentuada do seu preço. Como se pode verificar no gráfico, o ouro pode ocasionalmente provocar alguns sustos aos investidores mas tem retomado sempre de forma consistente o seu padrão de subida.

O ouro encontra-se actualmente numa fase de correcção após as fortes subidas verificadas nos últimos meses. No entanto, a julgar pela sua tendência natural de longo prazo, e a julgar pela forma como os Estados estão endividados e como estão a (não saber) reagir à crise económica das dívidas soberanas, será de esperar que retome novamente o movimento de valorização.
As projecções de muitos analistas vão nesse sentido sendo até espectável que, no caso português, porventura ainda durante 2012 possamos sair da moeda única e voltar ao escudo, algo visto com algum saudosismo por alguns mas que constituirá uma verdadeira catástrofe para quem tem poupanças em euros. Quem tem mais de 200 mil euros pode abrir com relativa facilidade (ou já abriu) uma conta bancária na Suiça (o franco suiço acompanha o ouro como investimento seguro de refúgio). Mas para quem não tem tanto dinheiro assim, a solução pode mesmo passar por adquirir ouro em barra, ou prata, outro metal que tem acompanhado a valorização do ouro, salvaguardado desta forma as suas poupanças. Há quem diga que a prata um dia vai valer ouro.

As recessões, o endividamento dos Estados e a inflação implicam a impressão de mais papel moeda, algo que naturalmente contribui para a desvalorização do dinheiro. Pelo contrário, são estes alguns dos factores que fazem impulsionar o preço do ouro, tradicionalmente um investimento de refugio preferido pela aristocracia Europeia e Asiática mas agora também pelos cidadãos comuns que vêem ali uma forma segura de preservarem as suas poupanças.
Quem investiu em ouro viu o seu investimento valorizar 10% o ano passado. Para os analistas, estamos agora numa época de saldos com os preços a fazerem uma correcção saudável que antecipa nova valorização. Depois dos máximos de 1900 dólares por onça, espera-se que em 2012 estes máximos sejam ultrapassados e o ouro prossiga para os 5000 dólares por onça. São projecções, que valem como previsões que são, mas há muitos sinais a apontar neste sentido.

O investidor interessado em adquirir ouro tem à sua disposição no mercado ouro físico em barra ou em moeda como as formas mais seguras de investir. O ouro deve aliás ser considerando mais como um seguro do que propriamente como um investimento orientado para o lucro e para ganhar dinheiro a curto prazo. Os produtos financeiros sucedâneos do ouro, como acções de companhias mineiras, fundos especializados em ouro ou CFD's, instrumentos mais sujeitos à especulação e aos próprios períodos de recessão, instrumentos mais voláteis, estão esses sim mais vocacionados para quem gosta de arriscar. Embora possam permitir ganhos, devem ser encarados como produtos de risco.
Já o ouro em barra ou as moedas de ouro, replicam exactamente o valor do mercado do ouro no seu estado puro. É uma garantia à prova de qualquer falha endémica no sistema financeiro ou monetário, à prova das medidas inflacionistas dos Estados e dos Bancos Centrais. As moedas de ouro antigas, principalmente as anteriores a 1933 têm igualmente acrescido um valor histórico sendo bastante valorizadas por coleccionadores.
Outra (grande) vantagem de comprar ouro físico em barra ou em moeda é o facto de ser isento de IVA. Já os artigos de ourivesaria e jóias estão sujeitos à taxa de 23%.

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Nota: este texto não constitui nenhuma recomendação de compra.